Edge Computing: além da IA Generativa

O edge computing permite que a análise de dados aconteça nos próprios dispositivos eletrônicos, como celulares e tablets. Entenda por que isso é revolucionário!

Veículos autônomos, cidades inteligentes que facilitam a organização e o monitoramento das vias públicas e softwares de saúde capazes de analisar dados e gerar respostas instantâneas. 

Parece coisa de filme, certo? Mas esses são apenas alguns exemplos do poder do edge computing!

Considerado o próximo passo da evolução tecnológica, ele é uma solução que leva o processamento de dados para mais perto dos dispositivos, ou seja, na "borda" da rede. 

Em outras palavras, o edge computing descentraliza o que utilizamos na computação moderna. Isso permite que outros dispositivos e recursos também consigam processar dados, fazer análises avançadas e gerar respostas eficientes. 

Para se ter uma ideia, a capacidade da edge é considerada mais avançada do que a chamada Inteligência Artificial Generativa (IAG), que também é um marco do mundo da tecnologia.

Tudo isso indica que entender o conceito, o funcionamento e as aplicações dessa tecnologia são fundamentais para se preparar para o futuro – aliás, ele já começou!

Conversei com os especialistas em tecnologia para responder às principais dúvidas sobre esse assunto e ajudar a galera a se preparar para as próximas décadas. 

E tudo de um jeito simples e fácil de entender, como sempre faço por aqui.

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O que é Edge Computing?

Edge Computing significa computação de borda. A tradução desse termo é precisão o principal objetivo dessa tecnologia.  

Basicamente, ela facilita o processamento e análise de dados no próprio local ou dispositivo em que as informações são geradas. 

Isso significa que em vez de serem enviados para uma central de dados para serem processados, essas informações são processadas diretamente nos smartphones, tablets e carros, por exemplo.

Essa tecnologia está processando dados localmente em vez de depender totalmente da nuvem e de análises externas. Isso reduz o tempo de espera por respostas e melhora a experiência dos usuários. 

Por esse motivo, ela está acelerando a transformação digital de empresas, processos e produtos, e tem um potencial imenso de impactar nosso estilo de vida.

Como essa tecnologia funciona?

O edge computing é uma tecnologia baseada em uma rede de micro data centers. Essas soluções responsáveis por processar e armazenar os dados no próprio dispositivo em que as informações foram coletadas. 

Isso significa que em vez de enviar as informações coletadas para um centro de processamento distante, geralmente na nuvem, o próprio dispositivo consegue fazer as análises e tomar decisões baseado nos dados que ele coletou. 

Afinal, esse dispositivo conta com seu próprio “mini centro de processamento de dados”. Por conta disso, ele pode agir mais rapidamente e fornecer a resposta que o usuário precisa quase instantaneamente.

Isso torna tudo mais rápido, confortável e eficiente, assim como o uso do edge nos dispositivos eletrônicos.

O que é EDGE IoT?

Quem acompanha o mundo da tecnologia, já deve ter percebido que o funcionamento da edge lembra a famosa Internet das Coisas (IoT). 

Isso acontece porque as duas tecnologias andam juntas!

O objetivo da IoT é conectar todos os tipos de dispositivos à internet para que eles possam se comunicar entre si. 

Para isso, os dispositivos com essa tecnologia também são capazes de coletar e armazenar dados. A diferença é que essas informações são enviadas para um centro de processamento, também conhecido como cloud ou nuvem.

Com a tecnologia edge, esse envio não é mais necessário. Afinal, seu uso permite que o próprio dispositivo, ou dispositivos próximos a ele, separe os dados que podem ser processados ali mesmo e processe essas informações. 

Se necessário, uma parte dos dados coletados até pode ser enviada para um data center ou nuvem para ser analisada. 

A questão é que, com a edge, a maioria das informações devem ser processadas e convertidas em resposta no próprio local de coleta ou em ferramentas próximas.

E o que acontece se juntarmos essas duas soluções? Surge a Edge IoT!

Em vez de enviar todos os dados dos dispositivos IoT para a nuvem, o Edge IoT permite que o processamento aconteça localmente. 

Assim, os dados são coletados e analisados em tempo real, eliminando falhas ou a necessidade de intervenções humanas. Afinal, a IoT passa a ter capacidade computacional e deixa de depender tanto da nuvem.

Isso permite que milhares de dispositivos IoT consigam interagir entre si, tomar decisões inteligentes e agir de forma eficiente, graças ao poder da tecnologia Edge. 

Podemos dizer então que o edge computing complementa a Internet das Coisas, aumentando as possibilidades operacionais dessa ferramenta. 

E isso é revolucionário!

Para que serve Edge Computing?

As características da computação de borda permitem que seu uso ofereça vários benefícios. Por exemplo, aumento da velocidade de resposta e da eficiência dos dispositivos, e redução de problemas com falhas de conectividade e perda de dados.

Por conta dessas vantagens, essa tecnologia reforça a conectividade mais segura, aumenta a privacidade dos usuários e garante processos bem mais rápidos.  

Tudo isso torna essa tecnologia mais flexível, ágil e escalável, características fundamentais para construir um futuro em que as operações e sistemas funcionem 100% em tempo real.

É por isso que a edge computing já começou a ser usada em vários setores e atividades, e deve acelerar a transformação digital do nosso dia a dia nos próximos anos. 

Até a tecnologia 5G pode ser melhorada com o apoio da edge.

Não acredita? Então, veja alguns exemplos de onde essa tecnologia pode ser aplicada:

• Monitoramento de tráfego em tempo real;
• Iluminação pública inteligente, facilitando o monitoramento e a gestão da rede;
• Jogos em nuvem ou cloud gaming;
• Smartphones, smartwatches, entre outros dispositivos capazes de monitorar os sinais vitais do usuário e envia alertas em caso de emergência; 
• Veículos conectados, incluindo ônibus e trens;
• Linhas de produção automatizadas;
• Agricultura digital.

Por que a Edge Computing é a revolução da IA generativa?

Quer mais um motivo para acreditar que o edge computing é revolucionário? É só lembrar que essa tecnologia também é considerada o futuro da IA generativa.

Para entender o motivo, precisamos lembrar o que é uma IA generativa. Enquanto a IA que conhecemos executa tarefas e resolve problemas com base em dados históricos, a IA Generativa é capaz de gerar novos dados. 

Ou seja, ela é capaz de criar e pensar por si mesma! Isso já representa um salto no processo de inovação e criatividade que conhecemos hoje. 

A questão é que esse salto deve ficar maior com o edge computing. Isso porque a estrutura da edge também pode modificar os modelos complexos utilizados na IA generativa. Afinal, seus dados deixam de ser processados apenas na nuvem e podem ser analisados localmente. 

Isso tem o potencial de transformar os sistemas e equipamentos que usam IA generativa em ferramentas muito mais ágeis e autônomas. 

No mundo real, essa solução terá várias aplicações. 

Empresas como Netflix e Amazon Prime, por exemplo, podem gerar listas personalizadas de recomendações de filmes e séries para seus clientes. 

Já as lojas online podem criar anúncios, ofertas e descontos personalizados em tempo real. Até assistentes virtuais, como a Alexa, devem se tornar mais eficientes e nos ajudar a gerenciar nossas casas. 

Incrível, né? É por isso que o edge computing deve transformar nossas vidas nos próximos anos. E quem quiser se preparar para o futuro, vai precisar acompanhar essa tecnologia.

Dica do TEN: especial profissões do futuro!

Já deu para perceber que a edge computing é um negócio complexo, mas que as empresas devem investir se quiserem acompanhar a evolução do mercado.

Por isso, a tendência é que a busca por profissionais como mestre em edge computing aumente nos próximos anos. 

Afinal, as empresas vão precisar de profissionais capazes de ajudá-las a aplicar a tecnologia Edge junto com a IoT na sua infraestrutura, produtos e serviços. 

Então, quem tem interesse nessa área, já pode começar a se preparar.

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