Hoje conhecemos Renata Xavier, fotógrafa brasileira que em várias ocasiões deixou o nome da América Latina em alta, hoje ela nos conta informações exclusivas sobre sua carreira: suas recomendações, dicas e segredos.

Renata Xavier é uma fotógrafa especializada em eternizar a vida. Transita entre o fotojornalismo, retratos, editoriais, eventos, projetos de larga escala... não se prende a rótulos ou limites em busca de fotografar pessoas e seus sonhos. Renata visitou Nissei e respondeu todas as nossas perguntas.

Nos próximos dias 21 e 22 de Agosto acontecerá em Foz do Iguaçu o Revelar: Congresso Iguaçuense de Fotografia e Vídeo, organizado pela Nissei. Serão abordados os mais variados temas da área, dentre eles: "Moda e Retratos: do conceito à execução" , com palestra ministrada pela Renata Xavier,  que atua em diversas áreas: como fotojornalismo, moda, eventos, editoriais, publicidade e artes plásticas. Vem com a gente conhecer esse mundo repleto de possibilidades que é a Fotografia!

Renata Xavier e o Congresso Revelar

 

 

 

Miniatura (1)

 

Renata, nos amamos como você sabe contar historias a través das suas fotos e queríamos saber o início, como e quando começou, e se você lembra a sua primeira câmera

RX: Comecei fazendo a faculdade de cinema, la no Rio de Janeiro que de onde venho e onde moro, e eu fiquei encantada pela fotografia na faculdade de cinema, comecei a estudar tudo sobre o assunto, fui monitora, e a minha primeira câmera foi uma FM2 da Nikon que ganhei da minha vo Clara, que e o nome da minha filha hoje, em homenagem a ela, foi uma pessoa que acreditou sempre muito no meu trabalho.

Durante a faculdade, durante os estudos da fotografia, fiquei encantada por os fotógrafos, humanistas tipos: Cartier Bresson, Doisenau e comecei a querer fazer fotojornalismo, e aí fiz proba para o jornal O Globo, que e o maior jornal que tem la no Brasil e eu passei como estagiário e la foi a minha grande escola porque eu fotografava diariamente com os maiores fotojornalistas do Brasil.

Referentes Renata Xavier

Referentes da fotografía da Renata Xavier

 

Renata Xavier - Inicios y premios

Nos últimos 14 anos fotografou centenas de casamentos e ensaios no Brasil e pelo mundo.

 

RX: São tantos nomes maravilhosos e eu aprendi muito com todos eles, continuei fotografando, fiz capas de jornal, nessa época também fui trainee no Globo e aí fiz prova para o curso Abril do Jornalismo que abriu na época o maior editorial de revistas do Brasil, e aí passei para a revista veja, que era a maior revista do Brasil na época e comecei a trabalhar direito com fotojornalismo para todas as revistas, então eu fazia muitas matérias, acabei me especializando em fotografar celebridades do Brasil, então eu trabalhava com todos os artistas da Red Globo, como: Fernanda Montenegro, Tony ramos, Juliana Paes, tudo mundo eu fotografei nessa época.

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Casamento Juliana Paes

 

Nós amamos aquelas fotos que você fez, o tema por trás deles, o significado que as fotos dão, a gente chegou arrepiar na hora de ver as fotos, eram muito boas. 

RX: O legal foi que era uma coisa que eu não fazia a muitos anos, porque fiquei nesse mundo dos casamentos, muito pressa,

Então a Nikon me chamou para fazer um ensaio para eles, e eu fiquei pensando, poxa, está tudo fechado. A Nikon pediu realizar isso em maio, quando estava tudo explodindo, tudo o mundo com muito medo, tudo o mundo fechado em casa, a gente não sabia muito o que fazer, estávamos com medo de sair na rua, então pensei nesse tipo de situação, vamos trazer essa realidade distópica que a gente ta vivendo.

Projeto fotográfico presente distópico

Presente Distópico, o futuro e os novos caminhos...

 

RX: Parecia coisa de filme né? A gente vivendo um momento que nunca esperamos viver, é um momento que vai marcar a história da humanidade, então a gente quis buscar a ficção científica e trazer para nossa realidade que foi o que a gente fez com o presente distópico, então tem aquela coisa da bolha no meio da cidade que de alguma forma as pessoas criaram as suas próprias bolhas, os seus próprios mundos, então e uma serie de discussões filosóficas que tem esse ensaio.

Projeto fotográfico presente distópico

Faz um ano que a Terra parou, queria que fosse uma mentira de um inocente 

 

Cada pessoa tem uma interpretação semiótica diferente das imagens que você criou né?

RX: Isso que é o legal, que cada um da sua interpretação e foi muito legal, porque a gente mandou para o Jornal O Globo, que é o maior Jornal do Brasil, nos queríamos uma matéria falando do ensaio, mas assim como uma matéria, que tem numa revista de moda que tem no jornal, mas eles fizeram uma matéria súper grande de 9 páginas em uma revista de moda e ganhou a capa do jornal, do domingo.

Eu nunca imaginei que o ensaio que nos fizemos para Nikon fosse a ganhar a primeira capa do maior jornal da revista, Foi um susto, porque a gente imaginou que só seria uma matéria no jornal, a gente nunca imaginou que fosse uma matéria de 9 páginas e a capa. Saiu na Nikon, da América Latina, na Nikon da Europa e eu fiquei muito, muito feliz.

Capas de Jornais, projeto fotográfico Presente distópico

 

Essas fotos de Rio de Janeiro captando a felicidade das pessoas, são muito lindas

RX: Sim, a gente fez é a última campeã do carnaval, foi a gente que fotografou a Viradouro foi campeão antes dessa pandemia, em 2020 mesmo. Então março teve o desfile das campeãs, nós fotografamos tudo o mundo com aquela alegria, nesse mesmo mês de março, bateu a quarentena, teve lockdown. Foi uma loucura, e nós pela primeira vez nesse 2021, não tivemos carnaval no Rio de Janeiro, pela primeira vez na história, isso nunca aconteceu, nem naquela época da pandemia de 1918. Foi a primeira vez que o Rio de Janeiro não teve carnaval y foi muito tocante e a gente fez uma exposição no museu de arte contemporâneo de Niterói, chamada das Cinzas voltar, nas cinzas vencer, vira douro de alma lavada, que fala dos temas da escola de samba e foi uma exposição muito bonita para celebrar o carnaval, saiu na televisão, foi bem bacana assim, uma maneira de fazer uma homenagem ao carnaval, já que a gente não teve o carnaval esse ano.

Carnaval Viradouro Rio de Janeiro

Das Cinzas Voltar nas Cinzas Vencer

 

E que o carnaval e uma característica muito grande do Brasil, também Rio de Janeiro e muito famoso pelo carnaval, então não podia não ter feito isso

RX: Foi muito triste, foi muito triste para todos nos, os cariocas e para o mundo também, mais vai voltar, a gente está muito confiante que a gente vai em breve poder comemorar, poder se abraçar novamente, que e isso o que a gente passou com as imagens, que isso vai passar q que vamos ter muitos outros carnavais para comemorar juntos.

Carnaval Viradouro Rio de Janeiro

 

 

Si você tivesse que escolher uma única câmera e única lente para fotografar pelo resto da sua vida, qual você escolheria e por que você escolheria essa? 

RX: Uma Nikon com certeza, a que tiver de melhor e mais moderna, agora lentes acho muito complicado porque eu gosto de tantas lentes, cada lente faz diferencia mais eu vou falar da que eu mais gosto, eu amo a 70-200mm, eu amo grande angular a 10-24mm a 10-30mm, eu gosto de uma cinquentinha também.

 

Você poderia contar para nos, como e entre quem nasceu aquele projeto do presente distópico que você fez? 

RX: Nasceu até de um desafio que a Nikon fez, a Nikon falou, Renata faz um ensaio, e eu falei, gente como e que eu vou fazer um ensaio, esta tudo fechado, os comercios fechados, as pessoas não estavam saindo, porque foi bem no inicio da quarentena, eu propus esse conceito para umas amigas minhas que também trabalham com casamentos e tava tudo o mundo parado em casa, então chamei uma maquiadora que foia Chris Gall, também uma estilista que foi a Aline Ciafrino, então elas fizeram o conceito de maquiagem, de cabelo e vestido e elas comvidaram também a amiga dela que é a Dançarina, ela é Suzana Quintanilha, que aí foi a nossa musa inspiradora, maravilhosa.

Equipo Presentedistópico

 

 

Ela parecia uma boneca, parecia de mentira

RX: Ela e um espetáculo, ela dança, tem uma leveza, então a gente combinou tudo isso, foi uma mistura de talentos femininos, cada uma aportou um pouquinho da sua arte nesse projeto e desse conjunto saiu o Presente Distópico, que foi tao bonito, elas amaram tanto, a Nikon amou esse projeto e assim nasceu a exposição, la no Museu de arte contemporâneo de Niterói que e um museu simbolo do Brasil.

Presente Distópico 25

 

Suas fotos foram premiadas em diversos concursos como PDN´s Top Knots, Nikon 100th Aniversary, My Wed Awards, PX3 Prix de la Photographie, Fearless Phpotographers, emtre outros, foi seleccionado pelo renomado Junebug Weddings para a lista de The Best of The Best Engagement entre os 50 melhores fotógrafos do mundo e é uma das mais premiadas fotógrafas brasileiras da atualidade.

 

Tem algum premio específico assim, que você se sorprendeu mais, ou se sentiu mais feliz de tendo recebido ?

RX: Tive prêmios da PDN que é a maior revista de fotografia do mundo, la de NY, a gente ganhou esse premio 4 vezes, na área de casamento, a gente ganhou Range Finder que é outra das revistas mais importantes de Estados Unidos, ganhamos o WPPI que é uma feria de Estados Unidos 

É foi muito legal que a gente ha muitos anos a gente vem ganhando bastantes prêmios da Prix de la Potographie de Paris e em 2019 a gente ganhou o primeiro lugar na área Advertisement que é a área de publicidade que foi a editorial da Maria Antonieta, que é uma Maria Antonieta Tropical.

Renata Xavier -  Inspiration Awards, Nikon 100th Aniversary  
 Inspiration Awards, Nikon 100th Aniversary
 
Renata Xavier - Prix de la Potographie de Paris
Prix de la Potographie de Paris
 

Renata Xavier - Prix de la Potographie de Paris

Prix de la Potographie de Paris

 

RX: A gente pegou uma casa abandonada em ruinas, no meio da floresta de Tijuca, um bosque tropical muito bonito, a floresta invadiu a casa e aí a gente botou ela como Maria Antonieta com  elementos clássicos e barrocos, era realmente uma Maria Antonieta tropical e a gente mandou para Paris e fuimos premiados e o engraçado é que na época eu estava em Europa, fui para Portugal, fui até convidada da cadenadora que a gente trabalha, que e aí saiu o premio e falei eu vou la na exposição e aí fui la na exposição, tinha os ganhadores la em Paris, foi muito legal, muito divertido.

María Antonieta Tropical: medalha de ouro no Prix de la Photographie Paris 

María Antonieta Tropical: medalha de ouro no Prix de la Photographie Paris 

 

E a primeira vez que você visita o Paraguai por acaso?

RX: Não, eu vinhe aqui algumas vezes, a primeira vez que eu vi, eu tinha 7 anos de idade, acho que essa e a quarta vez que eu venho, mas eu não tinha conhecido ainda essa loja da Nissei, acho que anteriormente ficava em outro Shopping, estou até encantada, ta gigante, muito linda.

 

Tem algum equipamento assim que toda vez que você vai em um evento o alguma sessão de fotos, você tem que levar sim o sim, o que você fala: esse aqui não posso não levar.

RX: Uma câmera da Nikon né, básico, e assim você perguntou das lentes e eu falei varias lentes, mais eu gosto muito da 70-200mm, eu acho que é uma lente muito versátil e da para fazer muitas coisas.

 

Com uma 70 você pode fazer retratos, pode tirar fotos de longe, fazer um close 

RX: Claro que também gosto do outro lado, da grande angular, mais e mais porque é uma lente que eu uso muito para moda por exemplo ou quando eu faco fotojornalismo, é uma lente muito importante, pode apreciar desde longe, mas eu gosto também de uma grande angular, eu gosto desse contraste da grande angular com a tele, também gosto da 50mm.

 

Tem algum estilo de fotografia assim, que você goste mais, nos sabemos que você faz muitos tipos de fotografia, mas tem alguma que você gosta um pouquinho mais que a outra 

RX: Eu gosto muito da fotografia de rua, gosto muito de fotografar o cotidiano, o que a gente vive no dia a dia, a beleza das cidades, que foi o que me levou para a fotografia, a fotografia humanista, tipo Doiseneau, Bresson, de compor com as cidades e ir andando meio que sem planejamento, ir andando pela cidade e se deparando, com elementos e situações, eu acho que e essa a fotografia que bate mas forte no meu coração, todas batem, mas acho que essa bate um pouco mais que as outras. 

Mantém o coração e alma aberta para o novo, sempre estar olhando as coisas, muitas vezes eu faço fotografia desde o celular mesmo que é a câmera que temos nas mãos no momento né, mas eu adoro passear pela cidade com uma 35mm, por exemplo, um objetivo bem prático e ir capturando o que vou vendo, o que vou sentindo, isso e muito legal. 

 

Tem algum conselho que você daria para as pessoas que estão começando a entrar nesse mundo da fotografia, seja fotojornalismo, casamento o editorial? 

RX: Liam muito, vejam muitos filmes, vão a muitas exposições, sempre treinem o olhar, tanto no dia a dia fotografando, nem que seja com celular, mas vendo coisas bonitas, vai fotografando, vai criando e estudando, o que as pessoas que estiveram antes de você faziam, veja os clássicos Bresson, Ansel Adams.

Tem um fotógrafo que eu sou alucinada, o nome dele e Arnold Newman, eu amo esse fotógrafo, é um fotógrafo de retratos, retratos ambientados que é uma coisa que eu adoro e que eu fazia muito quando fazia celebridades, então veja o quem veio antes da gente, veja também o que está acontecendo e vai treinando e vai fotografando.  

 

Busco a emoção em cada imagem, momentos reais que acontecem e desaparecem num instante, quero guardá-los para sempre, criar memórias e eternizar a felicidade."

“Fotografo da maneira que gostaria que me fotografassem, não meço tempo, quantidade de imagens, recursos e empenho para eternizar sonhos. Busco fazer a cobertura fotográfica mais completa e única possível."

Renata Xavier

 

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